O convite feito pela Microsoft ao governador Eduardo Campos (PSB) para que ele seja um dos palestrantes do conceituado Fórum de Líderes da América (Government Leadership Forum) não confirmou, somente, o prestígio que o socialista tem fora do Estado e do País. Também suscitou outro questionamento, já bem recorrente no meio político pernambucano: qual a verdadeira dimensão do governador de Pernambuco? Com a administração bem avaliada e a confiança do presidente Lula (PT), Eduardo - que bem pouco tempo atrás era apenas o neto do ex-governador Miguel Arraes - vê, agora, seu nome bem cotado na bolsa de apostas para a corrida presidencial de 2010. Seja ocupando a vice na chapa que, provavelmente, terá a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), como majoritária - hipótese mais viável -, seja encabeçando a chapa governista - caso a preferida de Lula não emplaque.
Outro fator que impede Eduardo Campos de se posicionar sobre o tema é o receio de ser mal interpretado pelo eleitorado, que pode condená-lo por, ao invés de governar, perder seu tempo fazendo política. Na última sexta-feira, o próprio presidente Lula (PT) tratou de botar “água no chope” do aliado. O petista classificou Eduardo como “um quadro como poucos no Brasil”, mas adiantou que não deve convidá-lo para a vice de Dilma por entender que “quatro anos são muito pouco” para o governador deixar sua marca no Estado.
O cientista político André Régis acredita que Eduardo só abrirá mão da reeleição se for candidato a presidente. “Vice não aparece. E, quando aparece, é para trazer problema para o titular. Nesses casos, os vices acabam desagradando os titulares e não indicados para sucedê-los”, avalia o estudioso. (Folha de Pernambuco)
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