Interceptações telefônicas do Serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP) indicam que integrantes da cúpula da Polícia Militar estariam negociando uma grande licitação de boinas e algemas que ocorrerá em 2010. Relatório da investigação, detalhado na ordem de prisão da juíza Ivone Bessa, obtida com exclusividade por A TARDE, revela que o lobista e empresário Gracílio Junqueira Santos, acusado de liderar esquema fraudulento para vencer licitações para fornecer equipamentos para o Estado e para a Prefeitura de Salvador, enviaria seu filho, Júlio, para comprar o material a baixíssimo custo na China e repassá-lo para a corporação.
Escutas legais revelam que Gracílio teria sido avisado do pregão pelo diretor do Departamento de Apoio Logístico da PM (Dal), o coronel Jorge da Silva Ramos, diretor do órgão que nos últimos três anos firmou oito convênios com empresas ligadas ao empresário. As licitações somam R$ 901,2 mil.
Uma das empresas, a Tecno Import Comércio Representação e Serviços LTDA, cujos sócios são Gracílio Junqueira e a ex-gerente do Bradesco da Graça, Jocélia Fernandes Oliveira (acusada de lançar empréstimos e retirá-los das contas de clientes para repassar para o empresário bancar operações fraudulentas), recebeu mais de R$ 1,3 milhão para fornecer fardas e material de segurança também em três anos. Outra companhia, a Aserv Empreendimentos Comerciais LTDA ganhou três licitações que somaram R$ 308 mil nos últimos dois anos.
Um dos índicios de superfaturamento nos contratos de compra, manutenção e gestão de viaturas da PM é demonstrado numa comparação simples: a aquisição de 191 novas viaturas da Polícia Civil custaram ao Estado R$ 15 milhões (R$ 78,5 mil, cada), enquanto as mesmas 191 guarnições da Polícia Militar custaram aos cofres públicos R$ 32 milhões (R$ 167,5 mil, cada).
Negócio da China - Outra interceptação telefônica revelou que outro oficial da PM envolvidos no esquema, o coronel Sérgio Alberto da Silva Barbosa, ex-comandante do Corpo de Bombeiros, avisou ao tenente Antônio Durval Senna Júnior, almoxarife do Corpo de Bombeiros, que o filho de Gracílio estava viajando para China, onde compraria as boinas e algemas para a licitação de 2010.
Fonte: A Tarde
Uma das empresas, a Tecno Import Comércio Representação e Serviços LTDA, cujos sócios são Gracílio Junqueira e a ex-gerente do Bradesco da Graça, Jocélia Fernandes Oliveira (acusada de lançar empréstimos e retirá-los das contas de clientes para repassar para o empresário bancar operações fraudulentas), recebeu mais de R$ 1,3 milhão para fornecer fardas e material de segurança também em três anos. Outra companhia, a Aserv Empreendimentos Comerciais LTDA ganhou três licitações que somaram R$ 308 mil nos últimos dois anos.
Um dos índicios de superfaturamento nos contratos de compra, manutenção e gestão de viaturas da PM é demonstrado numa comparação simples: a aquisição de 191 novas viaturas da Polícia Civil custaram ao Estado R$ 15 milhões (R$ 78,5 mil, cada), enquanto as mesmas 191 guarnições da Polícia Militar custaram aos cofres públicos R$ 32 milhões (R$ 167,5 mil, cada).
Negócio da China - Outra interceptação telefônica revelou que outro oficial da PM envolvidos no esquema, o coronel Sérgio Alberto da Silva Barbosa, ex-comandante do Corpo de Bombeiros, avisou ao tenente Antônio Durval Senna Júnior, almoxarife do Corpo de Bombeiros, que o filho de Gracílio estava viajando para China, onde compraria as boinas e algemas para a licitação de 2010.
Fonte: A Tarde
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