Um grupo de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou, nesta terça-feira pela manhã, as instalações da superintendência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em Petrolina, a 769 quilômetros do Recife, no Sertão pernambucano, segundo a agência O Globo.O grupo era formado na maioria por mulheres. A ação foi para reivindicar água para assentamentos da região. Os manifestantes deixaram o prédio da Codevasf no início da tarde, depois de uma reunião com o superintendente da Companhia, Luís Frota. Os sem-terra entregaram uma lista com as reivindicações do movimento.
Também nesta terça, pelo menos 400 militantes da Via Campesina - grupo que reúne movimentos ligados ao campo, incluindo o MST - participaram de um protesto em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Segundo a coordenadora nacional da Via Campesina, Rosana Fernandes, o protesto foi promovido em repúdio às últimas declarações do presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, que cobrou ação do Ministério Público para apurar o repasse de recursos públicos ao MST.
O superintendente do Incra, Abelardo Siqueira, afirma ter tido seu gabinete invadido por cinco homens encauzados, na semana passada. Ele diz ainda que a sede do Incra na capital pernambucana tem sido rondada por pessoas estranhas e que o objetivo da invasão foi ameaçá-lo. O superintendente afirma que vai levar o caso para a Polícia Federal.
Abelardo não sabe se as ameaças têm alguma relação com a morte de quatro seguranças das fazendas Jabuticaba e Consulta, em São Joaquim do Monte, no agreste pernambucano, no sábado de carnaval, em cofronto com militantes do MST. A fazenda foi desocupada depois de um acordo firmado com a ouvidoria do Incra e vem sendo medida. O resultado fica pronto dentro de 15 dias. Se a área for inferior a 525 hectares, não poderá ser destinada à reforma agrária.
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