sábado, 10 de janeiro de 2009

Fazendas demitem 500 na região do Vale do São Francisco

Quinhentos funcionários de quatro fazendas da empresa paulista Logus Butiá estão cumprindo aviso prévio em Curaçá (a 582 km de Salvador) e em Petrolina (PE). As demissões foram anunciadas pelos donos da empresa diante da crise financeira mundial que afeta as exportações de uva na região do Vale do São Francisco. Só na fazenda de Curaçá, foram demitidos 180 funcionários fixos e 80 que trabalham por safra. Todos são mão-de-obra local.

De acordo com o gerente da fazenda, Iranilson Cunha, foram exportadas no ano passado 300 mil caixas de uvas e, desse total, cerca de 30% ainda estão nos mercados internacionais sem comercialização. “É prejuízo que se acumula. Esperamos que até o final de janeiro essa mercadoria seja vendida, mas, a cada dia que passa parada, aumenta a chance de que o produto perca a qualidade”, afirma.

As quatro fazendas possuem 150 hectares de cultivo de uva, 70% sem semente. Ele diz que demitir foi a alternativa encontrada para tentar driblar a crise. “Fizemos todo o caminho correto, desde a colheita das uvas à embalagem e transporte. Todas as caixas chegaram aos seus mercados da forma padrão. O problema é que não estão conseguindo ser vendidas lá fora”.

O alerta de demissões dado pelo presidente da Câmara de Fruticultura de Juazeiro, Ivan Pinto, no ano passado, está se concretizando. Outras empresas, além da Logus Butiá, também estão dispensando pessoal.

O risco de que os menores desapareçam já é visto por meio do registro de pelo menos mil propriedades rurais à venda no Projeto Nilo Coelho, em Petrolina (PE). O aumento do custo e redução do preço dos produtos determina o limite do trabalho”.

Fonte: A Tarde Online

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