quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Crise econômica impulsiona demissões no Vale do São Francisco

Inseguros com os efeitos da crise econômica mundial, os empresários das fazendas de uva do Vale do São Francisco, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, demitiram mais do que o esperado para o fim da época de plantio da fruta.

A região considerada a maior produtora e exportadora de frutas do país demitiu, em dezembro passado, cerca de 40 mil trabalhadores rurais, 25% a mais do que é o costume com o fim da safra. Entre os trabalhadores que tiveram os contratos cancelados, 10 mil eram funcionários fixos. Os empresários da região alegam dois motivos para o corte: o período da entressafra e a incerteza nos negócios causada pela crise financeira internacional.

Por conta da lei que assegura que os trabalhadores rurais não podem ser demitidos nem 45 dias antes ou depois da Assembléia Coletiva de Trabalhadores Rurais, marcada este ano para a primeira quinzena de fevereiro, os empresários realizaram as demissões em dezembro.

A atitude, que por alguns foi considerada precipitada, foi impulsionada pela instabilidade no preço da uva em 2009. A expectativa apontava que o quilo da fruta seria vendido a R$ 2,50, em média, mas agora a possibilidade de queda de até 60% espanta os produtores.

Devido às demissões, cerca de 200 trabalhadores rurais têm procurado diariamente, desde o começo do ano, a Delegacia e a Agência Regional do Trabalho, em Petrolina, para dar entrada no seguro desemprego.

Da Redação do pe360graus.com

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