É real que a postura de muitos médicos está pondo os serviços de saúde pública numa avaliação muito ruim por parte da população; É verdade que os “esquemas” de médicos acontecem diariamente no serviço público, desde a escapada de plantão como a locação de plantão em duplicidade, principalmente em cidades pequenas; É verdade que não ha uma avaliação da qualidade dos serviços públicos, principalmente porque se houvesse essa avaliação o resultado não seria de bom grado do ponto de vista político; É verdade que os profissionais médicos não se atualizam com a freqüência e necessidade que exige a profissão;
É verdade que o estado necessita de serviço médico de qualidade, mas não investe como se precisasse; É verdade que estamos órfãos de um gerenciamento sem vícios e sem conchavos dos serviços de saúde;
Mas, a grande verdade é que tudo isso, pelo menos no meu ver que fico um pouco afastado das decisões políticas dos órgãos de classe, conta com o apoio destes órgãos, diretamente ou indiretamente, quando averbam esse estado de desordem dos serviços fazendo visitas ou caravanas de fiscalização, sem respostas do ponto de vista operacional. Constatando o erro mas não tomando decisões reais na sua resolução ou não acompanhando essas constatações até sua resolução, ou indiretamente quando protegem maus profissionais, não aplicando as punições devidas, não afastando essa escória, que tenho certeza que é a minoria da classe, dos serviços médicos.
A minha sensação é que os sindicatos e os conselhos de classe se organizaram de forma perfeita, se estruturaram, se informatizaram e adquiriram profissionais gabaritados, na área de cobrança.Só sinto a presença deles na hora de cobrar. É frustrante!!!!.
José Brito é médico de Petrolina
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